
Rio de Janeiro

Objetivo Profissional
Meu objetivo profissional é me tornar uma mestre cervejeira de sucesso, protagonista e dona de projetos de grande impacto social.

Disponibilidade para mudança:
Sim

Trajetória Profissional
Procuro oportunidades na área de produção de cerveja para colocar em prática conhecimentos adquiridos durante minha formação acadêmica e adquirir experiência em um mercado totalmente novo para mim. Possuo grande experiência com atendimento, supervisão e coordenação de equipes, controle de qualidade, capacidade de liderança, planejamento, visão estratégica, organização e agilidade, facilidade em aprender e destreza para realizar novas tarefas.
Habilidades
· Boa comunicação interpessoal
· Proatividade
· Busca constante por conhecimento e aperfeiçoamento
· Perfil de Liderança
· Trabalho em equipe
· Inteligência emocional
· Comprometimento e responsabilidade
· Organização e criticidade
· Agilidade e adaptabilidade
. Escuta ativa
11/2021 – 04/2022
Recepcionista (PJ) / Rede Realizações e Empreendimentos
Controle de acesso, atividades administrativas, formulação de relatórios, direcionamento de solicitações, confecção de planilhas, supervisão de RH, atendimento ao cliente e outras responsabilidades pertinentes ao cargo.
04/2021 – 05/2021
Assistente Merchandising I / Riachuelo
Reposição de mercadorias, Visual Merchandising, atendimento ao cliente, apoio operacional, fiscal de prevenção e perda, organização da loja.
12/2020 – Extra Natal
Assistente Merchandising I / Riachuelo
Reposição de mercadorias, Visual Merchandising, atendimento ao cliente, apoio operacional, fiscal de prevenção e perda, organização da loja.
12/2019 – Extra Natal
Assistente Merchandising I / Riachuelo
Reposição de mercadorias, Visual Merchandising, atendimento ao cliente, apoio operacional, fiscal de prevenção e perda, organização da loja.
03/2019 – 11/2019
Recepcionista SAC/ Ancar Ivanhoe
Gerenciamento de problemas, solicitações de melhoria na qualidade, abertura de ordem de serviços, confecção de relatórios gerenciais, atendimento ao público, apoio operacional, controle e gerenciamento de equipes, apoio às áreas administrativas, registros de ocorrências e sinistros.
Educação
Junho 2021 (Em Curso)
Tecnologia em Produção Cervejeira / UNOPAR
O curso tem duração de um ano e meio, sendo de formação superior tecnólogo. Procuro oportunidades para atuar direto com a linha de produção, envase, rotulagem, controle e manuseio de maquinários.
Julho 2018 (Concluído)
Licenciatura em Educação Física/ UNISUAM
Durante o meu período de formação pude adquirir muita experiência como profissional e amadurecimento pessoal. Realizei estágios no CEFAN (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes) Marinha do Brasil, ONG Gol de Letra, participei da Rio 2016, dentre outras experiências importantes.
Atividades
Estagiei na ONG Fundação Gol de Letra em 2017, com trabalhos sociais na comunidade do Caju/RJ, onde crianças em situação de vulnerabilidade social, tinham acesso à educação e esporte, artes e cultura.
Participei do voluntariado no Rio 2016, em Deodoro/RJ com validação e confecção de credenciais de atletas do Hipismo. Pude dividir espaço com pessoas de vários países e culturas.
Cursos
· Primeiros Socorros (UNISUAM)
· Gestão de resíduos para condomínios (Inst. Aqualung)
· Introdução ao Licenciamento ambiental (InBS)
· Efluentes industriais (Inst. Aqualung)
· Ferramentas LEAN (SEBRAE)
· Profissional adaptável (PUCRS)
Conheça minha história
Me chamo Sabrina Raposo, tenho 30 anos, sou mãe, e vou contar a vocês um pouco da minha trajetória de vida.
Sou a filha mais nova de três irmãs, meus pais se separaram quando completei quatro anos de idade.
Tive uma infância pobre, mas alegre. Das minhas irmãs, minha mãe conta que sempre fui diferente, poucas bonecas, muita pipa e bolinhas de gude (essas eu colecionava). Não tinha para ninguém!
Sempre chegava em casa com algum animal de rua machucado ou abandonado (gatinhos recém-nascidos). Algumas vezes minha mãe brigou comigo, outras ela resolveu explicar que não tínhamos condições nem para a gente, e que o bichinho iria morrer porque precisava de veterinário. Me lembro com clareza desses momentos. Eu dizia a minha mãe que tudo bem, pelo menos eles não iriam morrer sozinhos. E enterrava um por um, no terreno baldio do meu bairro, com direito a cruz de linha e graveto, e oração para “Papai do Céu”. Eu só queria fazer a diferença e aprendi isso com ela.
Estudava em escola pública, horário integral, lugar onde fazia boa parte das minhas refeições quando as coisas ficavam bem apertadas em casa. Parte do meu material escolar era dado pelo município, e outra parte, como complemento, ganhava da mãe de uma amiguinha que morava na minha rua. Nós duas éramos inseparáveis. Tínhamos a mesma idade, dividíamos os mesmos professores, a mesma rua, as bolinhas de gude e até mesmo um pedaço de pão. Essa é uma amizade que vou carregar por toda vida.
Morei em um sub bairro comum da zona oeste do RJ. Bairro fechado por guaritas, colocadas graças a “vaquinha” feita pelos próprios moradores. Tinham moradores de todo tipo de poder aquisitivo, casas bonitas, medianas e tinha a minha casa.
A minha casa era tão velha, que chovia mais dentro dela do que nos dias de temporal, eram baldes de margarina (reciclados de padaria) espalhados pelos cômodos. A parede do banheiro dava choque quando estava tudo úmido. Dizia a minha mãe que eram os conduítes de ferro, antigos. Eu não fazia ideia do que ela dizia. Só queria tomar banho e voltar a brincar. Hoje penso que por muitas vezes ouvia alguém dizer “menina elétrica, agitada”, será que foi por causa do banheiro?
Quando estava perto de completar oito anos de idade, minha mãe nos apresentou meu padrasto. Cara legal, padeiro, trazia umas guloseimas gostosas (Isso era raridade na minha realidade), acho que ele me ganhou pelo estômago.
Vocês já devem imaginar, pais separados... Não tive muita convivência com meu pai na infância e adolescência, minha referência foi o meu padrasto o qual chamava de “Tio”, e para ele estava tudo bem.
Minha irmã mais velha engravidou e saiu de casa, logo depois, minha irmã do meio foi morar com nossa avó paterna. Restou eu, minha mãe e meu padrasto.
Passei por muitas necessidades durante a adolescência, fiz muita faxina na casa de amigas para conseguir um trocado, roupas de fim de ano eram doações das igrejas que minha mãe frequentava, cesta básica, móveis... ganhávamos muita coisa das pessoas.
Minha mãe era uma pessoa muito conhecida em vários bairros ao redor da nossa casa. Ela era uma pessoa que adorava ajudar, não importava quem. Foi durante muito tempo voluntária da igreja católica, onde era responsável por remédios doados pela igreja para pessoas de baixa renda.
Lembro que vi por diversas vezes a minha mãe socorrer vizinhos passando mal, entregar e separar caixas e mais caixas de remédios. Eu adorava ler as bulas e perguntar para que serviam.
O sonho da minha mãe era poder estudar medicina. Ela aprendia muita coisa lendo livros de medicina natural. Até que eu gostava do pirulito de cebola e gengibre, ou do xarope de alho com outras coisas que nem quero saber.
Altruísmo, empatia, humildade, caridade, inteligência, busca por conhecimento, e outras competências. Sem me esquecer da criatividade...ela era uma pessoa muito criativa. Sempre dava um jeitinho em tudo. Posso dizer que tive isso como exemplo (inclusive a criatividade para resolver as coisas).
Próximo de completar a maior idade, engravidei e algumas coisas mudaram na minha vida. Precisei parar de estudar por algum tempo, minha mãe foi morar em Minas Gerais e eu fui morar com minha vó paterna.
Meu primeiro emprego foi como promotora de vendas porta a porta. Andava oito horas por dia, batendo na porta das pessoas para oferecer produtos de tv. Foi assim durante um ano. Depois vieram os empregos no shopping. Primeiro a livraria que foi responsável pela minha compulsão por leituras incessantes, livros e mais livros...meu salário era quase que uma moeda de troca.
Da livraria migrei para uma loja ao lado, de departamentos de roupas. Uma proposta feita pela gerente que era cliente assídua da livraria. Vendi muitos livros infantis para ela.
Em menos de três meses criamos um vínculo, ela gostava do meu trabalho e me quis para sua equipe. Aceitei. Fiquei por quase um ano, a gerência já não era mais a mesma, resolvi sair para poder me dedicar aos estudos. Queria fazer faculdade e conseguir um estágio.
Entrei para o curso de Educação Física, financiado pelo FIES, e logo no segundo período consegui meu primeiro estágio.
Meus avós paternos nunca tiveram muita condição financeira. Meu avô era aposentado, e minha vó sempre foi dona de casa que complementava a renda fazendo salgado para vender. Meu pai, autônomo. Não tive a quem recorrer para me auxiliar com os custos da faculdade. Por dois meses, juntei trocados que ganhava para poder comprar uma bicicleta usada, pois ia andando para faculdade que ainda era no bairro de Campo Grande, uma boa distância e perigosa no horário da volta para casa.
Estagiei em diversos lugares. Um deles foi no CEFAN que é o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, da Marinha- RJ. Me orgulho muito disso. Esse era o lugar dos meus sonhos, mas sempre me diziam que para poder entrar como estagiário, precisava ser indicado por alguém. Nessa época eu também fazia estágio na Fundação Gol de Letra no bairro do Caju, e por conta da distância do estágio, tive que transferir minha matrícula da faculdade de Campo Grande para unidade de Bonsucesso. Todos os dias eu passava pela AV. Brasil, em frente ao quartel da marinha. Um dia eu acordei mais cedo, e decidi que iria descer no meio do caminho, atravessar a passarela e entrar no CEFAN para saber como conseguir a minha vaga. Foi assim que estagiei com o time feminino de futebol do Flamengo. Eu nunca tive medo de ir em busca dos meus sonhos, mesmo sabendo que eles faziam parte de uma realidade diferente da qual era a minha na época.
Depois de formada, cheguei à conclusão de que não queria lecionar. Mesmo gostando de ensinar, falar em público... senti que queria causar impacto, fazer a diferença em outros campos. Decidi que queria ser mestre cervejeira.
Para isso, achei que precisaria estudar algo que me levasse a esse caminho. Comecei a cursar Bacharel em Ciências Biológicas e trabalhar com operações de Qualidade e SAC em uma empresa.
Neste mesmo ano, meu avô veio a adoecer e minha vó precisou da minha ajuda para cuidar dele que respirava por bomba de oxigênio em casa. Pedi para ser desligada da empresa e meu avô faleceu em casa duas semanas após o meu desligamento. Faculdade trancada, final de ano, carnaval, não me restava mais nada a não ser esperar o ano virar e continuar a procurar oportunidades.
Com isso veio a pandemia e as coisas literalmente estagnaram.
Durante a pandemia, aproveitei o tempo ocioso para praticar o autoconhecimento, exercícios, yoga, pesquisar mercado de trabalho cervejeiro e estudar autonomamente sobre processo de produção. Foi aí que descobri o curso de Tecnologia em Produção Cervejeira.
Dei início ao curso bem no meado de 2021, com ajuda financeira das minhas irmãs mais velhas para custear as mensalidades. Estou me formando ao final deste ano, 2022, no mês de dezembro.
Gosto de ver as coisas pelo lado bom, me conectar com a natureza, tirar aprendizado dos momentos que não me agradam, estar sempre em busca da melhora como pessoa, aprender coisas novas por meio da escuta ativa e ajudar aqueles que precisam. Sei que vou alcançar meus sonhos. Ser dona de grandes projetos, impactar positivamente a sociedade e fazer a minha parte para um mundo mais inclusivo, porque sou protagonista da minha história e quero um mundo melhor.

Outras iniciativas da Cruzando Histórias nas quais participou:
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