Ela aprendeu que tudo tem início, meio e fim recomeço. Victor Érik @palavrasatemporais
por Cá Fonseca
Bem-vinda ao seu momento de relaxar, refletir e recomeçar.
Vamos começar com uma musiquinha pra não perder o costume?
Minha dica de hoje é: IRA! Mulheres à frente da tropa.
Não é de hoje que estamos nos sentindo sozinhas, desamparadas e sobrecarregadas, não é mesmo?
Imagino que dá vontade de jogar tudo pro alto, mas nosso senso de bom caráter, de heroína e perfeccionista não permite isso e acaba que antes de esquecer tudo a gente lembra que tem filhos, companheiros (as), trabalho, contas para pagar e por aí vai.
Aí vem aquela série de sentimentos e pensamentos que a gente diz que “é do nada”, mas na verdade não são.
Desculpe decepcionar vocês, mas não são do nada.
Eles vêm por causa daquele dia de trabalho estressante, trânsito, aí chega em casa, encontramos mais uma série de problemas para resolver e coisas para fazer... Ah! Ia me esquecendo! Agora tem pandemia e você acrescentou à sua lista o medo de pegar a doença, de morrer, de deixar para trás coisas que não fez, de não conseguir dar conta das coisas...
Nos tornamos um armário de acontecimentos, eventos, episódios, casos, lances, fatos que não são necessários... e que acaba ficando pesado, grande, cheio, não há espaço para que o alívio, o bem-estar, as mudanças sejam guardadas, e transforma nossas vidas num piscar de olhos, além de se tornar praticamente impossível de carregar.
Aí todo dia, ou às vezes, a gente chora, surta, se irrita e fica focada em como vamos carregar o armário, ou seja, focamos no mais difícil, quando na verdade devemos focar no simples, que é remover o que não nos serve de dentro do armário.
Sei que está se perguntando, até parece que é fácil tirar do meu armário o chefe desagradável que eu tenho, ou um cara que me cria esperança de que vamos ficar juntos, como vou arrumar um emprego com o caos que se implantou no mundo... Até aqui, já citei três coisas que pesam no seu armário e vou te falar por experiência própria: esse excesso de peso A-CA-BA com a nossa saúde mental e consequentemente com a física também.
Então, minha querida amiga de jornada, quando estiver pensando nos problemas, pare e pense nas soluções. Ou, então, não pense em nada, permita-se não ter uma preocupação.
Não é pra deixar de ter responsabilidade com as coisas, entenda que uma coisa é desapegar do que te faz mal e outra coisa é usar o problema para se fazer de vítima e não fazer nada que possa mudar e melhorar sua vida.
Entenda que ela é sua e ninguém vai fazer nada por você, porque só você sabe do que precisa.
Você pode e deve buscar ajuda com as pessoas que você confia, mas elas não vão colher os frutos de sua plantação.
Então, eu vou te deixar aqui três filmes de mulheres que começaram a mudar suas vidas do zero, superaram suas mágoas, suas tristezas e decepções para recomeçar.
1º Comer, rezar e amar
Ah, eu sei que você já assistiu e, se não assistiu, vai ter a chance e ainda assim, se não quiser assistir, pode ler o livro. Tenho certeza que vai ser legal você conhecer Liz (Elizabeth) Gilbert.
Um dia ela entendeu que deveria se priorizar, que não era feliz em seu casamento e que ter tudo pode significar não ter nada.
Então ela deixa para trás uma vida que não a engrandece em nenhum sentido, sai para viajar, faz novos amigos, se delicia com comidas sem pensar nos padrões, aprende um novo idioma, uma nova cultura, enfim. Ela percebe que ela é importante ao menos para si mesma e que, quando se encontra, encontra um mundo de possibilidades e alegrias à sua volta
2º Uma nova chance
Maya Vargas não acreditava em si mesma.
Mesmo tendo o apoio do namorado e das amigas, ela acreditava que não era boa o suficiente para ter acesso à certas coisas, já que não tinha uma graduação, tinha tido uma filha na adolescência e precisou deixá-la para adoção por dificuldades e pelo simples fato de que ela não se achava boa o suficiente.
Que bobeira né?
Às vezes, podemos não estar preparadas e essa ausência do tal preparo nos faz sentir medo e insegurança, mas somos capazes de realizar as coisas, basta fazer surgir a chance, que você descobre talentos e habilidades que estavam só esperando o momento certo para sair.
3º Madame C.J. Walker
Agora se o seu problema, ou desculpa, é falta de recursos e autoestima para fazer alguma coisa, assista e veja o que essa mulher fez.
Negra, mulher, discriminada, maltratada pelo marido, pela sociedade, sem dinheiro, mas com grande força de vontade de crescer, se tornou a primeira mulher negra rica dos Estados Unidos.
Só de ler aqui você já deu uma relaxada né?
Então, mulher, bora mudar de vida.
Abraços e até a próxima! ;)
Cá Fonseca é uma estudante de Letras, apaixonada por leitura, aprendizado, reaprendizado e viagens.
Há quatro anos, após separação por agressão, foi necessário recomeçar. E entre síndrome do pânico, filhos, dogs e pandemia, todo dia ela busca um meio de seguir e fazer outras seguirem também.
Instagram: @umaminamaneirona Blog: umaminamaneirona.blogspot.com
Cá Fonseca, de novo maravilhosa, com palavras certas no momento exato. Vamos seguir em frente. Gratidão