Recife
Objetivo Profissional
- Trabalhar em institutos de pesquisas voltados para o estudo do comportamento humano entrelaçado com contextos sociais, tendências do mercado e tecnologia;
- Trabalhar em empresas (mercado) no time de UX como Ux Researcher;
- trabalhar no terceiro setor como pesquisadora;
Disponibilidade para mudança:
Sim
Trajetória Profissional
- Sou formada em Comunicação Social Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Pernambuco (2018); lá estagiei voluntariamente por 6 meses na Agência Experimental da universidade (Aê!) como Diretora de Arte (era responsavel por criar conteúdos visuais para redes sociais e mídia off para empresas reais e universidade); meu TCC foi uma Pesquisa de Tendência a respeito das cafeterias gourmets na cidade do recife diante da Terceira Onda do Café.
- Trabalhei em meio período como ilustradora e designer de conteúdos online (Instagram, Facebook, Youtube) e mídia off para a cantora e contadora de histórias Carol Levy (2018-2020).
- 2020/2021 fiz MBA em Estratégias Digitais na UNICAP/PE; meu TCC foi uma Pesquisa Comportamental (Consumer Insight) para idendificação de perfis de usuários para um determinado produto digital.
- 2022 fiz o curso de férias em Antropologia do Consumo e Consumer Insights pela ESPM (online).
- também em 2022 trabalhei com campanha política para a candidata a Deputada Federal pelo Psol/PE Carol Vergolino por 3 meses (Agosto-Outubro), no qual, fui responsável pela mobilização de digital para chegada de voluntários (trabalhava com formulação de textos, gerenciamento de leads e os envios de email MKT; formação de micros segmentos; criação de nichos com estratégias digitais especificas para fortalecimento das bases).
- no final de 2022 (Outubro-Dezembro) fui pesquisadora (freelancer) por 3 meses em parceria com Daiane Dultra a HabitatBrasil era responsável por marcar entrevistas individuais e com grupos focais (gerenciamento); implementação de roteiro; realização das entrevistas via canal ZOOM; transcrição; cruzamento de dados; relatório com análise final com revelação de insights.
- 2023 particpei do curso de formação introdução a tecnologia e programação - aprendi programar em Java, HTML e CSS - tudo gratuito pela Preta Lab + financiamento da Disney (projeto O Poder do Futuro).
- Maio de 2023 fui premiada com uma bolsa (100%) de estudos no curso profissionalizante de UX Design na EBAC (Escola Britanica de Artes e Tecnologia) - ainda estou concluindo (Maio/2024).
- Para além, sou ilustradora digital autoral há mais de 8 anos - meus projetos - https://www.behance.net/gallery/184459665/ilustracoes-autorais-(2016-at-o-momento)
Conheça minha história
Sou Angela Silva, eterna filha de Maria e de Dulce, sou a caçula de 4 irmãos, nascida e criada no estado de Pernambuco da cidade de Jaboatão dos Guararapes e hoje moro na capital, Recife.
Mainha(Maria) e tia-madrinha(Dulce) me escolheram, assim como escolheram meus irmãos para juntos construirmos um lar. Uma família.
Tenho muito orgulho de minha mãe, acho que ela sempre será minha maior referência em ser uma mulher independente e a frente de seu tempo.
Mainha começou a trabalhar com seus 16 anos e sustentar toda a família no Recife. Sem ter graduação, estudou e passou em um concurso federal no cargo técnico.
Foi aos 60 anos que ela nos adotou. Ela corria muito atrás de bolsas de estudos para nós nos melhores colégios da região. A educação sempre vinha em primeiro lugar lá em casa e as várias formas de arte também. Era dança, música, poesia, teatro… a arte sempre esteve no nosso lar. Se hoje faço ilustrações autorais, tenho um projeto de poesias e amo música e dança é porque fui criada com elas. Fiz balé por quase 12 anos da minha vida. Ainda amo dançar. Quando criança gostava de escrever contos, imaginar cenários e criar conversas comigo mesma, isso lá para meus 8 e 9 anos. Eu era criativa nas brincadeiras. Brincava muito com minha irmã, Mayara. Ela era uma criança atípica (na época era chamada de criança especial) e eu me lembro de defender muito Nana no recreio, pois, as crianças de sua sala eram bem maldosas. Minha irmã sempre foi meu maior exemplo de ternura. Ela faleceu no início do ano passado. Fez um ano recentemente, no dia 17 de março. Eu gosto mesmo é de lembrar da minha infância com ela. Na falta de uma casa da Barbie, eu fazia uma estante virar o edifício, os livros eram camas, pratinhos e legos viraram mesas e bancos. Mainha dizia que eu daria para arquiteta. Aos 15 anos, eu queria ser antropóloga. Fui muito influenciada pela TV Cultura da época. Se criou um desejo de entender a maneira de ser das pessoas de culturas diferentes a nossa. Eu gostava de assistir televisão. Até hoje gosto de assistir aos canais abertos, ver os comerciais, os programas de auditório e perceber a mudança de comportamento das pessoas. Programas como o de Silvio Santos e Raul Gil eram os favoritos de mainha e tia-madrinha, é uma memória afetiva marcante em mim. Elas diziam que eu era comunicativa e sabia conversar com todo tipo de gente, daria para ser repórter. Só sei que cheguei em meu terceiro ano médio repleta de dúvidas entre escolher Jornalismo, Ciências Sociais ou Publicidade e Propaganda. Foi em uma matéria, na revista Capricho, sobre signos (sou de gêmeos) que eu escolhi meu curso de formação: Publicidade e Propaganda. Foi a alegria da minha mãe pagar a minha faculdade e me ver com o diploma na mão. A primeira da família com diploma de nível superior. Que orgulho de mim! Que orgulho delas! Eu nunca irei esquecer o dia que recebi o meu diploma. Foi em 2018 que me formei mas não consegui entrar no mercado de trabalho, as demandas com a minha irmã e minha tia-madrinha (que estava iniciando um quadro de Alzheimer), só aumentavam. Em 2019 minha mãe sofreu uma queda, fraturou o fêmur e parei minha vida para cuidar dela. Na época, trabalhava como diretora de arte para Carol Levy (uma contadora de histórias infantis e cantora). Quando chegou a pandemia não conseguia mais dar conta do trabalho remoto, da casa e dos cuidados com minha mãe e minha tia-madrinha.
Cuidei das minhas meninas e cuidei da casa todos os dias durante a pandemia e pós-pandemia. Passei os dois anos de 2020 e 2021 sozinha com elas. Minhas meninas…já idosas viraram minhas filhas. Foi nessa época que percebi minha força. Eu tenho que escrever isso. Talvez seja a primeira vez que escrevo… eu fui muito forte. No meio da reviravolta que estava minha vida, ainda consegui terminar um MBA e um curso gratuito de introdução à tecnologia.
Mainha se encheu de orgulho quando eu consegui um emprego para trabalhar em campanha política. Ela me ajudava. Gostava de participar e dar ideias (até música ela fez!) e eu gostava de ouvir ela animada por mim. Eu estava me sentindo útil para o mercado de trabalho novamente para além dos cuidados com a casa e com o outro. Logo depois fui chamada para trabalhar por três meses fazendo pesquisa. Eu escutei tanta gente incrível que faz a diferença no mundo.
Nessa época, eu e minhas meninas (mainha e madrinha) saímos da casa em que moramos porque ela estava ficando grande demais para nós três. Ficamos em um apartamento, com o dinheiro do aluguel da casa conseguimos contratar uma cuidadora que me ajudava com elas. Aos poucos fui construindo uma rotina de bem estar para elas e para mim. Fiz uma rede de apoio pequena mas incrível. Sou muito grata a todas elas.
Mainha com seus 82 anos e Dulce (Dulcinha) com os seus 79 anos se encantaram para a eternidade ano passado 2023. Mainha se foi em Outubro e minha madrinha em 22 de Dezembro. Estou atravessando um luto. Às vezes eu tenho que me lembrar disso e ter paciência comigo e com o processo. É um recomeço sem meus grandes amores. Estou e sempre estive bem acolhida por minhas amigas e por toda a espiritualidade que acredito. Agora moro na casa dos meus sogros com meu namorado. Estou voltando aos poucos a me entender como mulher, formada, com MBA, cursos… quero poder REiniciar minha jornada. Desejo ter minha estabilidade financeira, desejo trabalhar com gente, escutar, criar soluções, escrever e fazer a diferença… Desejo viajar para estudar um idioma. Desejo poder sonhar com um futuro profissional, com meu bem estar. Essa é uma parte da minha história que é minha. Só minha.
Outras iniciativas da Cruzando Histórias nas quais participou:
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