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Vitrine de Talentos

Eliana de Moraes Oliveira

Administração

São Paulo

São Paulo

Objetivo Profissional

Objetivo Profissional

Analista Administrativo / RH / DP / Comercial / Faturamento

Analista de Onboarding / Analista de Operações / Analista de Prevenção a Fraudes

Não

Disponibilidade para mudança:

Não

elibatuque@gmali.com
Eliana de Moraes Oliveira

Trajetória Profissional

Profissional versátil com uma carreira abrangente em Administração e Gestão de Pessoas. Ao longo de mais de três décadas, desenvolvi habilidades em diversas áreas (DP, RH, Faturamento, Compras, Comercial), no gerenciamento administrativo, recrutamento, admissão, integração, engajamento e treinamento de equipes. Sou especialista em Onboarding e atuei nos últimos 10 anos nos setores de Risco e Onboarding / Compliance, atuando em prevenção a fraudes, contestação de CBK em cartões de crédito e adquirência, nos seguimentos de telefonia, tecnologia, fintech, banking.

Saiba mais sobre minha carreira profissional: https://lnkd.in/dnGFDfPZ

Conheça minha história

Me chamo Eliana, tenho 48 anos, e ás vêzes me pergunto, porque nascí. Minha vida nunca foi fácil, e por mais que eu busque dar o meu melhor, estudo, me interesso, me esforço, vem a vida e me dá uma cacetada atrás da outra.

Minha história começa dar errado, quando aos 5 anos de idade(1981), perdí meu pai. Um jovem de 27 anos, atropelado na marginal Pinheiros, no dia do aniversário de 2 aninhos do meu irmão.

MInha mãe, só tinha 30 anos, não trabalhava desde que engravidou de mim, pagávamos aluguel, e estava sem renda. Por mais que ela tenha tentado a princípio fazer bicos para pagar o aluguel, não conseguiu, e fomos despejados pra rua, posteriormente, acolhidos por uma senhora portuguesa, em um porão, onde vivemos até eu ter 11 anos e começar a trabalhar de office girl, sem registro, pois era uma criança. Minha mãe, fazia faxinas, lavava roupas para moços de uma pensão, vendia coisinhas de catálogo para conseguir não deixar faltar pelo menos o arroz e feijão.

Em uma das casas que ela trabalhou, certa vez, a patroa me perguntou o que eu queria de aniversário, que eu poderia escolher o que eu quisesse, e eu simplesmente, pedí para falar inglês, igual a filha dela. Desejo concedido, ela me matriculou no inglês, eu com 9 anos, e estudei 8 anos por conta dela.

Aos meus 14 anos, entrei numa grande empresa, o Mappin, onde minha mãe conseguiu ser telefonista e me puxou para trabalhar com ela. Lá fiquei por 5 anos, onde foi uma grande escola profissional.

Devem estar pensando, ah, a partir daí deve ter melhorado muito.

Enganam-se, uma segunda dificuldade se apresentou; minha mãe foi diagnosticada com um câncer de mama, e na época, operar as mamas, era considerado cirurgia plástica, o público não acolhia. Fui trabalhar em dois empregos, de dia trabalhava em uma construtora e a noite em uma balada, e ainda tentava terminar meus estudos. Consegui pagar a cirurgia, foram anos nessa luta (1995 á 2000), quando iniciei a faculdade, com muito sacrifício, entrava no trabalho ás 6hs até as 15hs e de lá ia direto pra faculdade, sonhando com uma vida melhor, e aí, lá veio pedrada de novo; fui pega por (02)dois elementos, no retorno do trabalho, em um dia que resolvi não ir para a aula, estava muito cansada. Era 19hs, e fui apanhada por esses caras, 5 casas antes da minha, sim, um deles era o vizinho.

Foram 40 minutos na luta de não me violarem, me segurando para não desmaiar nas mãos deles, consegui agredir o de menor estatura, e batí com as chaves de casa nos olhos do grandão e conseguí fugir do quintal dele. Ninguém na rua, uma vizinha na garagem me socorreu, caí desmaiada na sua garagem e só acordei com a chegada do SAMU.

O pós-trauma, o ano era 2002, me detonou. Começaram os calafrios, o medo, os vômitos, as diarréias e os desmaios, tive uma anorexia emocional, e em 22 dias eu cheguei a pesar 43 kgs (meu peso era 56 kgs), fui para no hospital das clínicas, em coma induzido para ser hidratada e repor os nutrientes via intravenosa, pois nem água eu conseguia beber.

Já não ficava em pé, tive alopécia, amigos de trabalho e faculdade, se ausentaram, mas eu tinha minha mãe.

Foram 6 anos de muita luta e tratamentos, onde pude contar com poucas pessoas, minha neuro-psiquiatra e minha psicóloga.

Minha faculdade, estava no terceiro ano, não pude retomar, perdi por regras do MEC, a empresa me demitiu sem empatia nenhuma, mas, eu estava pronta pra recomeçar em 2008.

Resolví ser feliz, busquei forças para buscar um relacionamento novamente, pois a violência tinha me levado a libido, mas, consegui, tivi alguns namorados, mas, não me abria para algum sentimento mais árduo.

A vontade de constituir família havia morrido, mas, o sonho do vestido de noiva acabou quando fui traída 26 dias antes do meu casamento, isso mesmo, tive um relacionamento de 8 anos, onde sonhamos juntos e ele me traiu na casa que iamos morar após casarmos. Tive que me recuperar disso também.

Em 2013, conhecí uma pessoa, acreditei que ele me amava, me enganei de novo, pois em 2015, quando resolvi me entregar de verdade, engravidei tomando remédio, e foi uma surpresa, e no dia que resolvi fazer uma surpresa para ele, peguei ele me traindo, e de novo, na nossa casa. Uma semana depois, 10/03/2015, perdí o bebê, e se não bastasse, passei como a louca da história, e bora se recuperar de novo.

Novembro de 2015, minha amiga deu a luz, ganhei uma afilhada, estava feliz, quando, minha mãe no dia 29/11/2015 sofreu um AVC, com parestesia parcial, fala comprometida e outras doenças, ficou em leito.

Me reeinventei, fui trabalhar de madrugada para cuidar dela de dia. E sim, eu estava sozinha, percebam que em nenhum desses relatos meu irmão se apresentou.

De 2015 á 2020, foi o tempo que tive para colocar minha mãe em pé.

Me anulei como mulher, já quase não tinha lazer, engordei 43kgs, por estresse, falta de dormir, acúmulo de cortizol.

Retomando, em 10/2020, fui demitida e veio o diagnóstico de câncer de ovário da minha mãe, sim, tudo junto.

Minha mãe já tinha um câncer em mestástase, estava em paliativo.

Minha guerreira estava indo embora, e agora eu não teria mais ninguém; ela era quem me dava forças, me incentivava, segurava minha mão até na hora dos meus erros. Ela partiu em 21/01¹2021, eu desempregada, achando que meu irmão teria melhorado nessa dor que passamos, me enganei de novo.

Na primeira oportunidade, quem tinha que cuidar de mim, queria quebrar minha cara. Tirei ele de dentro da minha casa.

Havia me recolocado em um bom emprego, retomei meus estudos, e em 2023 a empresa entrou em recuperação judicial, e num corte de 10 mil funcionários, eu estava desempregada de novo.

Concluí meu Superior em Gestão de RH, com ACO em Compliance e Governança Corporativa, fiz um trabalho temporário e estou buscando recolocação, com muita dificuldade, pois o ETARISMO velado acontece o tempo todo.

De novo, minha fase é de desespero, sem dinheiro para o aluguel e contas básicas, e tenho comida porque tenho uma rede de apoio que não me larga nessa trajetória toda.

Estou tão frágil emocionalmente, passei a vida juntando meus cacos para ficar em pé, mas, confesso que minha razão de viver, foi embora.

Meu sorriso já não vem da alma, e tenho chorado o dia todo.

Um dia desses, cheguei bem perto de cometer um suicídio, e fui salva por um bom dia no whatsapp.

A vida nunca foi boa comigo, por mais que eu dê o meu melhor.

Eu quero ter meu bom salário, e poder realizar meus sonhos. Nunca parei, corrí atrás, mas, não aguento mais tomar cacetada e tudo acabar errado sempre.

E eu nem contei aqui, sobre meus relacionamentos abusivos, que por carência, a gente arruma cada homem na vida, que só por Deus! É um trauma a parte.

Agora, o mercado de trabalho diz que sou velha para atuar e jovem para aposentar.

Por favor, me ajudem!

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Outras iniciativas da Cruzando Histórias nas quais participou:

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