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21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres: você já ouviu falar?

Atualizado: 20 de nov. de 2023

*Alerta de gatilho: esse texto aborda temas como violência contra a mulher, violência doméstica e feminicídio.


Todos os anos, desde 1991, no dia 25 de novembro, Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, começa a campanha internacional de 16 dias ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. No Brasil, por conta do Dia da Consciência Negra, que ocorre no dia 20, o calendário da campanha foi ampliado, contando com 21 dias que terminam em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.


A ideia de criar um período onde a disseminação de informação e o incentivo à campanhas de combate à violência contra mulher surgiu de 23 mulheres ativistas do Instituto de Liderança Global das Mulheres. O objetivo é que órgãos públicos, organizações e o setor privado se unam para abordar o tema, conscientizando sobre a questão e incentivando a criação e promoção de práticas que apoie o combate a esse problema.


Em 2022, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), promoverá conversas sobre o tema, além de estimular o uso de peças de divulgação que têm como inspiração mariposas, em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, assassinadas, em 1960, na República Dominicana. Haverá ainda a 5ª edição da Caminhada pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, que acontece no dia 4 de dezembro, a partir das 9h em pelo menos 30 cidades de todo o país. Em São Paulo, o evento ocorrerá na Praça Charles Miller, S/N. Pacaembu.


Na Câmara dos Deputados também acontece uma série de eventos, entre seminários e sessões solenes, promovidos pela Secretaria da Mulher, Procuradoria Especial da Mulher, liderança da bancada feminina do Senado e Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara.


O intuito, de forma geral, é buscar cumprir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) previstos na Agenda 2030, elaborados pela Organização das Nações Unidas (ONU). em especial, o ODS 5, que visa estimular ações para o alcance da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.


A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL

No Brasil, a importância de aliar a data à Consciência Negra é urgente, uma vez que mulheres negras sofrem uma dupla violência: de gênero e de raça. Segundo relatório do 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada hora, 26 mulheres sofrem uma agressão no Brasil. 2021 terminou com 6,2 mil processos de feminicídio e 1,3 milhão de processos de violência doméstica no CNJ.


Também em 2021, foram realizadas 619.353 chamadas ao 190 por casos de violência doméstica, um total de 4% a mais do que em 2020. Os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública ainda revelam que 62% das vítimas de feminicídio no Brasil são negras. É preciso uma união entre todas as esferas da sociedade para que aconteça essa mudança.


A Associação Fala Mulher, organização sem fins lucrativos parceira da Cruzando Histórias, atua no enfrentamento à violência doméstica contra a mulher, na construção da equidade de gênero, na promoção da independência financeira feminina, na facilitação do acesso às informações sobre a Lei Maria da Penha e os direitos das mulheres.


Além de disseminar informações a respeito do tema, a ONG promove um serviço de acolhimento provisório, que oferece moradia, alimentação, transporte, assistência social, apoio psicológico e atividades socioeducativas, orientações e encaminhamento jurídico e atividades socioeducativas, voltadas para oficinas de artesanato, incentivando o empreendedorismo feminino e a autonomia financeira.


Caso você esteja sofrendo ou conheça alguma mulher em situação de violência doméstica, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. O serviço, que é gratuito, também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso.


A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.

O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.


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