No dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher, data oficializada pela Organização das Nações Unidas, em 1975. Dessa maneira, a data surgiu como símbolo da luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens.
Fato incontestável, entretanto, é que, passado quase 50 anos, a desigualdade de gênero ainda permanece e o mercado de trabalho é prova disso. Como exemplo, mulheres ganham 77,7% do salário dos homens, apesar de, muitas vezes, exercer a mesma função; apenas 38% das mulheres ocupam cargos de liderança. Durante a pandemia, as mulheres sofreram diversos impactos: 72% ficaram sem renda familiar, 42% perderam o emprego e 76% apresentaram prejuízos na saúde mental.
Transformação
Diante deste cenário, a organização social Cruzando Histórias (CH) tem desenvolvido diversas ações para transformar a carreira de mulheres. Com a finalidade de auxiliar as mulheres, elas envolvem cursos e vagas, apoio psicológico, orientação de carreira, revisão de currículo e a possibilidade de visita à Casa CH, onde possuem computadores com internet, acolhimento e escuta ativa.
Como tudo começou
Para entender este importante papel desempenhado pela “Cruzando Histórias”, é preciso voltar a 31 de janeiro de 2017, quando a idealizadora da organização, Bia Diniz, sensibilizou-se com uma reportagem televisiva, que mostrava o desespero de uma mulher desempregada, praticamente sem dinheiro e correndo o risco de ser despejada.
Nesse sentido, ela percebeu que, por trás da busca por uma oportunidade de trabalho, há sempre uma história para se contar. Foi aí que começou a buscar essas mulheres, para dar vez e voz para que compartilhassem os seus pensamentos, propósitos, suas dores e necessidades.
Seis anos após a iniciativa, a Cruzando Histórias auxiliou milhares de mulheres. No primeiro momento, diz Bia, é necessário que elas sejam fortalecidas emocionalmente e tenham a autoestima elevada.
“Mais bem preparadas, neste sentido, o processo de inserção no mercado de trabalho torna-se muito mais assertivo”, diz Bia.
Trabalhando esses conceitos, a ONG tem conseguido mudar a visão de muitas profissionais. Como foi o caso de Ilma, 48 anos, que conseguiu se recolocar em uma fintech de microcrédito, por meio da Cruzando Histórias. Atualmente atua como freelancer no ramo jurídico.
“Por meio da escuta e troca de experiências, somos encorajadas e estimuladas a buscar nosso espaço no mercado de trabalho e valorizar as nossas competências”, explica Ilma.
Quer conhecer a Cruzando Histórias?
Com a finalidade de auxiliar mulheres, a Cruzando Histórias atende mulheres pessoalmente de segunda e quarta-feira, das 10h às 16h, na Rua Barão de Itapetininga, 255, sala 605, 6.º andar, República. Dessa maneira, para mais informações pelo WhatsApp: (11) 91013-3337 ou no site.
Notícia publicada no O Amarelinho em 07 de março de 2023 por Claudinei Nascimento.
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