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Por que celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha?

Sabemos que no dia 8 de março é celebrado o Dia Internacional da Mulher, mas você sabia que no dia 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha? Cunhada em 1992 após o 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-americanas e Caribenhas, a data é um marco que mescla memória, homenagem e luta contra violências de gênero e raça vivenciadas por essas mulheres em toda a América Latina e Caribe.


mulheres diversas, lutas diversas


Ao entendermos que mulheres diversas têm lutas diversas, é fácil compreender o porquê dessa data existir e ser tão importante. Em 1992, foram mais de 300 representantes de 32 países reunidas em uma troca de experiências e debates, buscando meio de trazer maior visibilidade para suas lutas e encontrar soluções coletivas.


Há uma prevalência de 7,2% da violência contra mulheres afrodescendentes, em relação a mulheres brancas na América Latina. - Dados do Observatório de Igualdade de Gênero do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA)

Elas trouxeram - e trazem - para a pauta temas como o apagamento histórico de culturas e religiões feito pela colonização e embranquecimento da população, como aconteceu no Brasil, a conexão entre gênero e raça e como esses dois fatores impactam a vida das mulheres, e a reconstrução de identidades que foram removidas da narrativa por décadas.


Tereza de Benguela foi uma líder quilombola e símbolo de resistência durante o século XVIII
Tereza de Benguela foi uma líder quilombola e símbolo de resistência durante o século XVIII.

No Brasil, o 25 de julho tem um destaque a mais: desde 2014, por meio de decreto feito pela então presidenta Dilma Rousseff, é celebrado também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola e símbolo de resistência durante o século XVIII, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança. Acredita-se que ela tenha liderado o Quilombo do Quariterê (conhecido também como Quilombo do Piolho), localizado onde hoje fica o estado do Mato Grosso, por 20 anos.


Tereza era responsável não apenas por organizar o sistema de defesa do Quilombo, mas também por sua estrutura política, econômica e administrativa. É sabido que, sob seu comando, havia um sistema onde os habitantes se reuniam para colaborar com a administração do local.

UMA LUTA DE TODA A SOCIEDADE

Para que mudanças aconteçam, porém, não basta apenas sabermos sobre a existência dessa data. É preciso que todos assumam seu papel nessa luta! E isso envolve não somente consumir conteúdos de mulheres negras, latino-americanas e caribenhas, mas questionar a realidade ao seu redor. Quantas dessas mulheres estão presentes na sua vida? Em que papel elas estão? Você realmente escuta o que elas têm a dizer?


Deixamos aqui, sugestões de leitura para você aprender um pouco mais sobre essas lutas:




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