No dia 20 de novembro, juntamente ao Dia da Consciência Negra, damos início aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. Globalmente, a data se inicia em 25 de novembro, somando 16 dias de luta, no entanto, não podemos desassociar gênero e raça quando falamos sobre as mulheres no Brasil.
Isso porque mulheres negras são, por exemplo, 62% das vítimas de feminicídio no Brasil, segundo a Anistia Internacional. O levantamento Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil, realizado pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que 45% das mulheres negras afirmam já terem sofrido alguma violência ou agressão ao longo da vida, número que cai para 36,9% entre brancas.
Logo, não podemos falar apenas sobre violência contra as mulheres, ainda que ocorra com todas nós, é preciso falar sobre a maioria impactada por essas violências. Na Cruzando Histórias, atendemos um público composto majoritariamente por mulheres pretas e pardas. Compreendemos que a independência financeira, ainda que não seja a única solução, pode ser uma porta de saída para situações de violência.
O que a cruzando histórias faz?
Entendemos que ações de combate à violência de gênero devem acontecer 365 dias. Por essa razão, contamos com projetos e programas contínuos que visam empoderar, informar, conscientizar e acolher.
Oferecemos um treinamento ágil e prático de prevenção e combate à importunação e ao assédio sexual. Já realizamos o treinamento de mais de 57 mil pessoas, sendo 12 mil por meio de uma parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Secretaria da Mulher, cuja secretária, Joyce Trindade, estará conosco no Impulsione Pretas de maneira virtual.
Em parceria com a eQlibri, oferecemos uma plataforma de serviços online e gratuitos para mulheres que sofreram algum tipo de violência, sendo um encontro individual, online e com duração de 30 minutos com uma psicóloga da equipe Cruzando Histórias, e orientação de carreira com duração de 30 minutos com especialistas em recolocação.
Palestras e talks que abordam temas como: combate ao assédio, impactos do assédio na saúde mental e violência contra a mulher (o que é e como acolher quem foi vítima).
precisa de ajuda?
Caso você esteja sofrendo ou conheça alguma mulher em situação de violência doméstica, entre em contato com a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. O serviço, que é gratuito, também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso.
A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.
O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.
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